segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os amantes...




Cisnes dançam em lagos abertos,

de cor azul celeste, e nenúfares flutuantes,

E os amantes, e os amantes!...

E os amantes se vão beijando e olhando o lago.

Um pássaro canta, uma pomba vai beber

a água cristalina á nascente.

E os amantes, e os amantes!...

E os amantes agora abraçam-se fortemente e beijam-se.

Uma folha se solta de uma arvore centenária,

e é levada pela brisa ligeira,

Na beira do lago algumas flores amarelas e vermelhas

dão ainda mais cor ao mesmo.

E os amantes, e os amantes!...

E os amantes estão agora deitados sobre a relva e beijam-se.

E mais uma folha cai, esta mais alaranjada,

será que começou o Outono?

Ou apenas as folhas estão a mudar de cor

com a cena que estão a deslumbrar!!!

E os amantes, e os amantes!...

Agora estão a rolar naquele tapete relva macia,

seus corpos desnudos transpiram

pequenas gotículas de suor que misturadas com a terra,

mais quentura de seus corpos,

faz pairar um odor de amor nos ares…

E eles os amantes, tão amantes…

Fazem amor ao som do canto do pássaro,

e quando o orgasmo é liberto,

se transforma num hino á natureza!

Ai os amantes!.. Os amantes.



Triste e abandonado




Ando triste abandonado
Sem vontade de pensar
Vens tu à minha mente
E forças-me a imaginar
Delírio em versos curtos
Com vontade de parar
Tuas lembranças são muito fortes
E não posso recuar
Perco-me no pensamento
De tanto querer-te encontrar
As lembranças devoram-me
A tristeza não vai embora
A solidão mora comigo
Pedindo que tu voltes.

Espera




Quase desespero,
enquanto espero,
por mensagens que não virão
e pessoas que não voltarão.

Porque espero?
Por querer (desejo)?
Por querer (afecto)?

Licor do amor...





Os segredos que ficam no escuro
tão bem guardados,
e, queimam com ardor
às vezes, tão sem futuro,
são os de maior amor...

Incendeiam como brasa
e, no sentimento que extravasa,
alimentam o ardor
do carinho mais puro.;

Finalmente, lado a lado,
quando tudo é passado
depois do amor acabado,
fica ainda o sabor
...gota a gota que vaza,
como o doce do licor


Lágrimas




Um dia chorei...
Não porque quis chorar.
Um dia te amei...
Não porque quis te amar.
Essa palavra amar...
Foi passado tão presente que chorei
que chorei...
não porque quis chorar
E sim porque errei...
Em algum dia te amar!
Não te quero por um dia.
Não te quero por um ano.
Te quero por toda a vida.
Te quero porque te amo.
Como é duro amar escondido
e sofrer o que não merece,
Passando por quem ama,
fingindo que não conhece


Devoro-te





Leite teu
Beijo meu
Boca tua
Membro adepto
Erecto
Na hora em que a mão
Apalpar...

Na língua que estala
Apetite exagerado
Nos lábios que se tocam
Um tocar sensual

Na boca que lateja
Que degusta
Experimenta a oferta:
Ejacula!

O experimento
Na garganta
Engole a rima
Certeira!


sábado, 25 de outubro de 2008

Fazer amor



Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade
do apetite.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tacteando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos...até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é Ressurreição !!!
É nascer de novo: no abraço
que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante,
na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.

Vale chorar, vale gemer...vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram...Fez-se o Êxtase! É o instante da Paz... é a escritura da serenidade!
E os amantes em assunção pisam eternidades !!!

(Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sonho...



Deixa-me sonhar...
Recordar cada momento.
Sentir a tua presença em mim.
Se fechar os olhos, sentirei o teu toque
A tua voz quente no meu ouvido
Murmurando baixinho...Eu te amo!
A tua respiração suave na minha boca
Os teus dedos no meu peito.
A minha cabeça delira!
O meu corpo se agita...
Será sonho?
Não, não pode ser!
Vejo o brilho do teu olhar
Mergulhar dentro da minha alma
Procurando segredos por desvendar.
Nossos corpos suados...deslizam...
Sinto no teu peito o meu coração
Bater cada vez mais forte
Nossas emoções estão em sintonia.
Por dentro um desejo louco
Me consumindo pouco a pouco.
Uma vontade louca de ficar
E sair correndo
Um querer não querendo.
Sonho?




Se for apenas um sonho,
Não me acordem...