Rangem passos solitários, na casa deserta árida de fragrâncias. O soalho verte lágrimas envernizadas de nostalgia intacta. Ecoam ainda, no túnel da presunção, risos distraídos de menina mimada.
Residem-se tantos fantasmas no sótão do lar ilusório. Acorda-se o vento, terror sublime de se ser humano.
Na sala, janta-se utopias entopes, sob o prato prateado, no clarão do olhar. Bebe-se da alma por cálices severos, numa cadência ácida. A sobremesa são pétalas de lírios, transparentes sabores em dadiva sorvida.
Presenteia-me a certeza de um Sol de Inverno Água de um mar sereno aquece-nos os corpos
Despimo-nos na paixão de gotas nuas ao luar. Semente híbrida latente e crescente em nós Orvalho secreto nos olhos da tua alma genuína. Cal viva em ebulição, no cântaro hirto de pureza Horas esquecidas para a estela brilhante maior.
Dádiva suprema, esse Sol que serpenteia o vulcão Explode nos sulcos onde te habitas longinquamente,
Emoções florescem, regadas na desordem das nuvens Rosto transparente destruído por cúmplice corsário Nosso Amor-perfeito reflecte a sintonia das ondas. Consagramo-nos a longas noites em esperas veneradas.