um sinal de ti

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinicius de Morais)

Palavras

No vazio da minha alma encontrei o seu doce pensar;

Ele me fez renascer da escuridão
trazendo-me o sabor da imensidão das palavras escritas
em mensagens alvos manchados de paixão;

As palavras tornaram-se um néctar ao meu ser;
alimentando o meu coração com suaves sensações;

Doces sensações escritas em letras coloridas;
vividas pelo toque da magnitude
de um ser virtuoso coberto de nobres intenções;

No silêncio do amanhecer
surgiu a paz das ondas do mar após os meus momentos de ira;
as ondas calmas traziam as serenas gaivotas
sobrevoando o azul do mar esmaecido de cansaço na sua plena magnitude;

O azul brilhante transformou os corações separados pela distância
em delicadas pétalas de rosas revitalizadas pelo encontro de dois anjos;
Anjos enfeitiçados pela simplicidade de seus seres inanimados
pela aventura do prazer de existirem;
e de serem unidos pela alegria das palavras
que juntas formam a doce melodia do Amor!

Amar-te

Quem me dera que fosse verdade
Assim vejo o tempo passar
E só me deixa saudade

Sonho as coisas mais lindas
E sei o quanto me entristeço
Por serem assim descabidas
Porém também não me queixo

Não sei se vou conseguir
Penso, e de tudo faço
O caminho que vou seguir
Deslocar cada um do meu passo

São tristes e fantasiados,
Sozinhos e inseguros
Talvez desajustados
E principalmente confusos

Sonho meu és sofrido
Aqui no meu peito dói
Pareço é ter morrido
No tempo que me corrói

Ah! Melancolia é grande
Ah! A falta que tu me fazes
Nesta loucura que abrange
E nunca me satisfaz

Sabes que eu dou uma gargalhada
Me sinto-me assim meio louco
Sonhando-te, sonhando-te acordada
Com o gosto do teu corpo

Um sonho, pura magia
De viver sempre ao teu lado
Morrendo mas de alegria
Ao lado de ti meu bem amado!!!

A tua ausência

Ouço o telefone a tocar,
e corro para atender,
na esperança de ouvir a tua voz novamente.
Mas enganei-me, não era tu...
Nos meus sonhos,
tu sempre presente, como antes.
Mas como disse, são apenas sonhos,
tu não estás mais aqui para realizá-los.

Agora, neste momento, fico a indagar...
O que terá acontecido para todo este silêncio,
toda esta ausência, todo este esquecimento?
O que foi importante para nós um dia
foi esquecido tão depressa, que o teu coração
já não reclama mais a minha ausência?
Será que conseguirás ler os meus pensamentos?

Se tu conseguires ler pelo menos, parte deles,
verás que em mim nada mudou,
e que a tua ausência e o teu silêncio,
me dói muito... isso sim, me magoa...
pois sinto que não fui tão importante para ti,
quanto tu és para mim...